Três seriados dramáticos (dramas) que você pode ter perdido por alguma razão. Séries não policiais, ou seja: que não abordam temáticas desgastadas e previsíveis como crime, espionagem, fanatismos religiosos, monstros e magias; e que foram produzidas com muito menos recursos do que as famosas “Mad Men”, “Succession”, “True Detective”, “Fargo”, “The White Lotus”, “The Crown”, “Chernobyl” e “Better Call Saul”.
EXPERIMENTAÇÃO
Vejo séries de tv quase que diariamente. Experimento os primeiros minutos de dezenas de produções para então concluir que a maioria delas não merece um segundo sequer da minha atenção. Mas nessa garimpagem meio aleatória sempre acabo encontrando pérolas e/ou bijuterias no deserto.
Nunca paro de procurar narrativas dramáticas, ou seja, não baseadas em detetives, espiões, mafiosos, traficantes, malucos que se autoexplodem e “monstros e magias” (ignoro essa última categoria completamente). Noventa por cento dos seriados disponíveis abordam esses temas.
TRÊS ACHADOS
1º) “Manhãs de Setembro” (2021, Prime Video)
Protagonizada pela cantora Liniker, esta série é de ótima qualidade, tendo como pano de fundo uma São Paulo desumanizada que conheci bem. Morei no centro da cidade vinte anos. Cassandra (Liniker), é uma “mulher trans” que descobre que tem um filho dos tempos em que era “homem”. Roteiro surpreendente e atores engajados.
2º) “Expatriadas” (2021, Prime Video)
Fala de mulheres estrangeiras morando temporariamente em Hong Kong, cidade cuja atmosfera é bem retratada na série. Uma tragédia conecta as histórias de três personagens: a arquiteta interpretada por Nicole Kidman, uma britânica de origem indiana enfrentando problemas que parecem ter a ver com infertilidade e uma jovem coreana-americana totalmente perdida.
3º) “A Terapia, por Sebastian Fitzek” (2023, Prime Video)
Baseada no romance “Therapy”, de Sebastian Fitzek, sucesso na Alemanha. A filha do psicólogo Viktor Lorenz desaparece misteriosamente. Viktor entra em depressão e interrompe sua carreira de sucesso. Obcecado pela filha, sua mente produz hipóteses que nos deixam confusos sobre o que é “verdade” e o que é “ficção”.
OUTRA DICA
Aproveito para te recomendar também o meu novo livro: “Repensando Atitudes: Saúde Mental e Maturidade” (2023, 387 pags.) – e-book ou impresso. Nesse livro defendo a saúde mental como um tema relevante em qualquer fase da vida de qualquer pessoa, seja onde for.
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