Confiança: ou você tem ou não tem. Confiança é uma emoção. Um estado de espírito complexo. Uma combinação de instinto e raciocínio, cálculo e intuição, expectativa e esperança, experiências do passado (principalmente da infância) e antecipações sobre o futuro.

EMOÇÃO É O MESMO QUE SENTIMENTO?
As emoções podem ser definidas como respostas orgânicas intensas (e de curta duração) a estímulos externos. Exemplos: você vê algo asqueroso e sente nojo. Teu chefe te dá uma bronca e você fica com raiva por ter sido repreendido injustamente. Ou com medo de perder o emprego. Pode ter dor de barriga antes da reunião em que fará a apresentação de um projeto. Ou ser vítima de uma grosseria absurda que azeda o teu dia. Enfim, ficar vermelho feito um tomate, chorar de alegria, rolar de rir e arrepiar os cabelos são emoções sendo expressas em alto grau.
Emoções e sentimentos estão sempre interligados, mas são fenômenos distintos. Sentimentos são processos mentais de autoavaliação geralmente duradouros. Os sentimentos são acessíveis apenas à própria pessoa, enquanto as nossas emoções podem ser observadas pelos outros, quando as expressamos em palavras ou em linguagem não verbal (por gestos, por exemplo). A emoção te dá a informação sobre como você está (preocupado, relaxado, constrangido, confiante, etc.); e os sentimentos envolvidos nisso te ajudam a interpretar a informação principal – a emoção.
TEMPERAMENTO E CARÁTER
Voltando à confiança: quando estamos confiantes, nos sentimos serenos, calmos e protegidos contra os tantos riscos que corremos constantemente.
A confiança está ligada ao nosso temperamento e caráter. Ou seja, diferentes pessoas vivendo uma mesma situação podem se sentir confiantes, desconfiadas ou desanimadas de maneiras diferentes.
É o grau de confiança que nos motiva a fazer (ou não) certas escolhas e a agir (ou não) de certa maneira. As nossas interações com outras pessoas e os nossos comportamentos têm tudo a ver com motivação e confiança.
ALTERNATIVAS E FATOS
Às vezes, realmente confiamos. Às vezes, temos que agir como se confiássemos porque não temos alternativas melhores. Por exemplo, para poder pedir um favor, precisamos ter alguma certeza de que temos grandes chances de obtê-lo. Às vezes estamos confiantes por um bom motivo; noutras, confiamos aleatoriamente.
O fato é que: 1) somos neurologicamente predispostos a confiar; e 2) quando sentimos confiança, nosso cérebro nos recompensa e nos dá uma gratificante sensação subjetiva de bem-estar; 3) A confiança em um “deus” (seja lá o que isto signifique para você) é um sentimento que também gera confiança.
Tudo isso se relaciona com “confiar em si mesmo(a)”, mas se relaciona também com você confiar em outras pessoas. Então, aqui vai uma pergunta para você guardar em um lugar bem seguro dentro de você: ter confiança em si mesmo(a) ajuda a saber em quem (ou no quê) confiar?
…
Saiba mais sobre Sergio Vilas-Boas.
Siga o Sergio no Instagram.